11/4 sol se encontra com Quíron em uma conjunção que vai trazer à luz nesses dias nossas dores e marcas psicológicas. Quíron representa nossos traumas "originais" que podem nos remeter desde a nossa gestação até as primeiras etapas/anos de vida. Quíron nos mostra como carregamos nossas experiências de rejeição e sensação de abandono e desamparo psicoemocional.
O sol além de "iluminar" esses ingredientes internos vai levar (em todos os mapas) essa energia pra "casa astrológica" onde se encontra leão, além da própria casa onde esse trânsito se encontra em relação ao mapa natal de cada um. Conjunções com planetas natais (entre 10 e 20 graus de áries) são canais por onde as dores se apresentam de forma mais concreta e real. E eles (planetas natais conjuntos a quíron+sol) também levam pra casa que regem essa força.
Quíron é mais que um entendimento astrológico... É um PROCESSO. Uma depuração cármica onde a cura tem etapas bastante distintas do ponto de vista psicológico. (esse é o tema da minha palestra no próximo Congresso Internacional de Astrologia Online - CINASTRO). Talvez seja o ponto no mapa de todos onde temos maior possibilidade de ampliarmos nossas sabedorias e proficiências para ajudar ao outro em dores que também são nossas. Isso ficará visível pra todos.
Marte é dispositor dessa conjunção e se encontra em câncer. Essas dores então estão também ligadas aos temas cancerianos. Família, mãe/maternidade, sensibilidade/carência e fluxo de amadurecimento pessoal. O sol denota a ferida diretamente ligada ao ego e o sentimento de valorização "do eu". É onde vai doer em todos.
Esse momento de evidência pode trazer uma oportunidade de conhecermos mais nossas dores e principalmente mover e agir com iniciativa e assertividade no sentido de buscar as próprias curas...
Maaasss as curas vêm de forma INDIRETA.
Nossas dores só amenizam quando compreendemos a necessidade de curar essa dor EM TODOS... NO TODO. É um período onde temos a chance de nos conectar com empatia e acolhimento com aqueles que sofrem em contextos similares aos nossos. Essa necessidade é extremamente mobilizadora e pode até mesmo definir rumos de vida em se tratando do Quíron natal.
Quando essa força (trânsito) se apresentar vale prestarmos atenção para o que é possível ser feito em relação às dores DOS OUTROS. Serão reflexos das nossas próprias.
Será inevitável aparecerem pessoas com históricos em que a gente pensa "passei/passo por algo assim". É esse o momento de buscar novos entendimentos e compreensões sobre "o tema" para poder ao acolher e ajudar o outro sentir a própria dor minimizada. Esse é o caminho para se curar também.
Não menospreze a própria cura de quíron apenas porque vem pela cura coletiva. As dores quironianas podem chegar sim a um ponto do incômodo não ser tão doloroso.
Eu faço parte do todo... Se eu ajudo o todo indiretamente estou sendo ajudado porque faço parte dele.
Nas curas de Quíron somos todos um.